Babado! A campanha eleitoral de 2.010 já teve até beijo gay. E em horário nobre. Há quem considere o primeiro da TV aberta no Brasil.
A verdade é que não falta gente falando em gays e seus direitos nestas eleições. “Diversidade” é palavra fácil no discurso de muitos. Uns ampliam as discussões, outros as restringem. Mas, o mais importante, é que o assunto está “in”. E isso é muito bom, pois de um jeito ou de outro provoca reflexão.
O número de candidatos assumidos é considerável. A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) relaciona dez gays, duas lésbicas, um bissexual, uma travesti e uma drag queen em disputa. Somando os que estão no armário, o número é mesmo significativo.
No balaio tem figurinhas conhecidas. Ex-BBB e até ex-sargento – só não tem ex-gay, já seria outra lista. Direitos a serem defendidos não faltam. De acordo com um dos candidatos, são 87 os direitos dos gays atualmente negados.
Tem candidato que criou “viral” (publicidade que se aproveita de redes sociais) contendo situações metidas a cômicas no motel, que falam em experimentar o “diferente”. Estão apelando para tudo. Outro gravou paródia com o hit gay “I want to break free”, da antiga banda britânica Queen. Não falta “criatividade”.
É importante prestar atenção no que eles dizem e verificar onde realmente há comprometimento com uma sociedade mais tolerante. Vale destacar o que a ABGLT vem reclamando: em 22 anos de vigência da atual Constituição, nenhum projeto de promoção e defesa dos homossexuais foi aprovado no Congresso.
Em prioridade na pauta estão a união entre pessoas do mesmo sexo e a lei contra a homofobia, dois assuntos no topo dos temas polêmicos, que fazem os candidatos escorrerem como líquido. O que os seus candidatos pensam sobre estas e outras questões relacionadas e quais prometem ser as atitudes deles caso sejam eleitos? Já não dá mais para eles continuarem no armário...