A proposta do blog é ser fonte de informação e discussão de temas da comunidade gay. A ideia não é ficar falando apenas para o público gay, mas colocar todo mundo para pensar junto. Afinal, somos G, L, B, T, S e tantos mais. O próprio nome do blog quer provocar um estranhamento: a sigla que se refere à comunidade gay cada hora aparece agregando um novo rótulo. Pra quê?
domingo, 12 de fevereiro de 2012
O problema do HPV
Entre as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), o HPV (Papilomavírus Humano) ganhou destaque nos últimos tempos e merece atenção diante da complexidade que o envolve.
Para início de conversa, ele não tem preconceito: atinge homens e mulheres, sejam heteros, bi, gays, lésbicas ou transgêneros. De qualquer raça e em qualquer idade. Estudo feito publicado na revista científica The Lancet indicou que metade dos homens brasileiros estão infectados pelo HPV. O país é um dos líderes em incidência no mundo: quase 700 mil pessoas são portadoras do vírus. Trata-se da quarta DST mais comum no Brasil, com mais casos do que a aids.
No entanto, a doença é conhecida há muito tempo. Você pode ter ouvido falar dela como “Crista de Galo”. A partir da década de 80, se identificou sua relação com o câncer de colo uterino. Mais de 150 tipos já foram identificados e ela pode se instalar em qualquer parte do corpo. Basta um microtrauma.
Calma! Nem todos são cancerígenos e somente certos tipos infectam a região anogenital. Muitos são inofensivos, simples verrugas, e outras tantos assintomáticos – você pode ter e nem se dar conta.
A questão provoca reflexão e requer cuidados. É que a principal forma de prevenção é evitar múltiplos parceiros. O preservativo, por exemplo, só protege a área que ele cobre. A vacinação tem eficácia de 95%, mas é cara e não está disponível na rede pública. Além de ser indicada para meninos e meninas de 9 a 26 anos.
Ressaltando: o risco de contaminação é o mesmo em qualquer tipo de relação. O que aumenta o risco é o número de parceiros. E não só para o HPV, mas para inúmeras outras DSTs. A contaminação anal é maior em razão de lesões internas ocorrerem com mais frequência. Entre lésbicas, o risco é menor. A não ser no uso de objetos sexuais sem os cuidados adequados de higiene. Com abraço, aperto de mão e beijo não se pega. O beijo na boca, no entanto, pode transmitir o HPV, mas não é tão frequente pois existem substâncias protetoras na saliva. Vale ficar atento e rever comportamentos.
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