sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

2012: um ano para treinar a tolerância


Começa um novo ano e com ele a oportunidade de alterar rumos estabelecidos anteriormente, a chance de rever olhares acostumados. Mais que isso: um ano inteiro para exercitar a tolerância. Que em 2012 possamos aprender a conviver com as diferenças, tomar consciência de que somos diversos uns dos outros, mas no fundo essencialmente iguais, com toda a contradição e estranhamento que isso possa provocar.

O ano de 2011 foi marcado por avanços e retrocessos em vários âmbitos e para a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) não foi diferente. No entanto, não há como negar que a visibilidade avança rapidamente. Entendo que isso tem provocado a reação de segmentos da sociedade, em alguns casos de maneira violenta.

Podemos lembrar os diferentes ataques a homossexuais ocorridos no decorrer deste ano na região da Avenida Paulista, em São Paulo-SP. Grupos de jovens agrediram covardemente homens sozinhos ou em dupla.

O projeto de lei que pune a homofobia completou dez anos no Congresso sem ser votado. Nos últimos dias, a deputada Marta Suplicy pediu reexame da proposta.
Mas não foram só fatos negativos. Houve a decisão histórica do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a união estável. Estendeu aos casais gays tal conceito, atendendo quatro condições necessárias: que a relação seja duradoura, pública, contínua e tenha o objetivo de constituir família. Passo importantíssimo na luta por direitos.

Para nos atermos aos fatos de grande repercussão, vale lembrar a contribuição da teledramaturgia para a discussão e reflexão de temas referentes aos LGBTs. O SBT exibiu o beijo entre duas mulheres na novela “Amor e Revolução”. O primeiro em uma novela diária no Brasil. Enquanto isso, a Globo criou um núcleo inédito, com seis personagens, expondo diversas situações, em “Insensato Coração”.

Que em 2012 o preconceito seja combatido de modo efetivo em cada um de nós. Que todos tenham em mente a ideia de diversidade. Afinal, o mundo é formado da variedade. Somos plurais, somos múltiplos. A vida permite diferentes ângulos de visão. Caminhos que se encontram, seguem lado a lado ou vão em direções totalmente contrárias. E nisso está sua beleza!

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