A proposta
deste espaço, desde o início, sempre foi fugir dos rótulos que aprisionam. No
entanto, vivemos em uma sociedade que alivia suas angústias e ansiedades quando
as nomeia. Por isso, e por entender que informação combate preconceitos,
considero importante voltar às questões do T da sigla LGBT.
Os
Transgêneros formam um grupo bastante diverso e, no entanto, figuram juntos, o
que para muitos é um erro. Se já é difícil entender a diferença entre um
homossexual e um transexual, o que dirá diferenciar transexual de travesti,
drag queen de crossdresser.
Quando falamos em homossexualidade (masculina ou
feminina) e em bissexualidade estamos no campo da chamada “orientação sexual”.
A pessoa nasceu com determinado sexo (gênero) e tem seu interesse sexual
orientado para o mesmo sexo. Ou para ambos, no caso da bissexualidade. No
entanto, tal pessoa não quer mudar de sexo, por exemplo. Fato que acontece com
os transexuais, que acreditam ter nascido com o sexo errado.
Este fato muda muita coisa. A transexualidade e a
travestilidade referem-se, portanto, à “identidade de gênero”, ou seja, uma
questão ligada à identificação com o gênero (sexo). Vivemos em uma cultura que
entende as pessoas como homem ou mulher, masculino ou feminino. Por isso, a
dificuldade de entender e encaixar quem de algum modo se desvia de tais
classificações.
Para se ter uma ideia, existe a Campanha Internacional
Stop Trans Pathologization pela despatologização das identidades trans
(travestis, transexuais e transgêneros). Patologia refere-se a doença,
portanto, a proposta é que as identidades trans deixem de ser consideradas
doenças no DSM - Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais, da
Associação Americana de Psiquiatria, e na CID - Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, da Organização Mundial de Saúde.
A França foi o primeiro país que
deixou de considerar a transexualidade um transtorno mental. Isso aconteceu em
2010.
O transexual, então, é a
pessoa que identifica-se com o gênero diferente do qual nasceu. Quer viver e
ser aceito como alguém do sexo oposto. O travesti veste roupas, algumas vezes
usa nome, corte de cabelo, modos e timbre de voz do sexo oposto, bem como
gratifica-se sexualmente.
Drag queens e Transformistas vestem-se como o sexo oposto
para fins artístico-comerciais. Os primeiros de maneira cômica e exagerada.
Ambos, sem que isso tenha necessariamente a ver com sua orientação sexual.
Temos ainda os crossdressers.
Pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto seja para vivenciá-lo,
por motivos profissionais ou ainda para obter gratificação sexual. Bom, é isso.
E viva a diversidade!
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