segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Que venha 2013!


Fim de ano. É inevitável que a gente pare para pensar um pouco sobre vitórias e derrotas, perdas e conquistas. Também é o momento no qual a gente tenta projetar um futuro, fazer planos.

Os LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) têm motivos para comemorar e fatos com os quais se preocupar. São vários os assuntos, mas vamos nos concentrar nos dois mais polêmicos e, por isso mesmo, mais importantes.

O ano de 2012 termina com a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo autorizando o “casamento gay”. Na prática, tal decisão obriga os cartórios a lavrar escrituras de casamento civil para casais gays, tanto para aqueles que tenham realizado o registro de união estável quanto para quem não tem o registro, mas quer lavrar o documento direto. Um passo à frente.

         São Paulo é o quarto estado brasileiro a adotar a medida, atrás de Alagoas, Bahia e Piauí. Correm processos semelhantes no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul.

         Vale ressaltar que o “casamento” que está se falando nada tem a ver com a cerimônia religiosa. Trata-se de um procedimento relacionado à garantia de direitos.

         O outro tema é a homofobia. O senador Paulo Paim (PT-SP) assumiu a coordenação das negociações para aprovação do PLC 122/06, há mais de dez anos em tramitação. Ele promete buscar o consenso na Comissão de Direitos Humanos (CDH). O senador assume a relatoria no lugar da senadora Marta Suplicy, que comanda o Ministério da Cultura desde setembro. Tudo no mesmo lugar.

O projeto enfrenta duras críticas, principalmente de evangélicos e católicos, para quem o mesmo restringe a liberdade de culto e de expressão ao coibir manifestações contrárias à homossexualidade.

Não será tarefa fácil. Enquanto isso, em São Paulo mais um homossexual foi agredido no sábado passado. Ele saía da boate The Week e foi espancado com barras de ferro. Na mesma, ou talvez um passo para trás.  

         Esta semana também o Governo Federal criou o Comitê de Enfrentamento da Homofobia no estado de São Paulo. Quem sabe um movimento adiante. Vale acompanhar.

Que venha 2013 e, com o novo ano, possamos ver ações concretas contra a intolerância. Atitudes que combatam a violência e o preconceito.

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