sábado, 11 de julho de 2009

Gaytilha

Conheci recentemente através da indicação de um amigo uma espécie de cartilha (gaytilha) em forma de blog sobre como agir para ajudar a causa LGBT. Trata-se do 30ideias.blogspot.com, que é escrito por um grupo de amigos blogueiros, entre jornalistas, advogados, arquiteto, escritor, cientista social e antropóloga.
O blog se dirige a “pessoas que nunca se interessaram pelo movimento LGBT, não pretendem se aproximar dele, mas têm boas intenções e até gostariam de fazer algo – só não sabem por onde começar”. Contém 30 ideias divididas em cinco grupos de assunto. Destaco aqui alguns itens que considerei mais interessantes.
O primeiro grupo é o “Assuma-se (autoestima, orgulho e aceitação)”. Destaco a ideia de número 6: Não semeie o preconceito interno. Você pode preferir alguns estilos, tribos ou grupos, com quem tem mais afinidade. Mas isso não lhe torna melhor do que os “afeminados” (ou as “masculinizadas”), pobres, nordestinos, negros ou gordos, nem lhe dá o direito de desprezá-los ou humilhá-los. Não faz sentido gays falarem mal de travestis, travestis falarem mal de lésbicas, lésbicas falarem mal de gays...
Em “Defenda-se (consumo, preconceito e justiça)”, o número 7 diz: Exerça seu poder de consumidor. Boicote produtos e serviços oferecidos por empresas com posturas homofóbicas ou propagandas preconceituosas. O mesmo vale para programas de TV que ridicularizam homossexuais. Por outro lado, prestigie estabelecimentos que simpatizem com a causa – mas tente diferenciar os que são genuinamente friendly daqueles que não passam de oportunistas de plantão.
O número 12, em “Oriente-se (informação e política), recomenda: Leia jornais e/ou assista ao noticiário na TV. Mantenha-se informado sobre o que acontece na sua cidade, no seu país, no mundo - e não apenas no meio gay.
No grupo “Engaje-se (participação social e voluntariado)”, vale ressaltar o número 17: Manifeste suas convicções para o mundo. Pode ser abrindo um blog, com temas de interesse político de LGBT, ou mesmo escrevendo uma carta a uma revista de grande circulação ou ao jornal da sua cidade. Opiniões favoráveis aos nossos direitos precisam ser ouvidas pela sociedade.
Por último, no grupo “Cuide-se (sexo, drogas e outras travessuras)”, o destaque fica para o número 26: Sexo seguro é uma opção pessoal, cuja responsabilidade é de cada um. Não se baseie em aparências ou presunções – elas enganam. A decisão de abrir mão do preservativo em um relacionamento precisa ser muito bem pensada pelos dois parceiros, e nenhum deles deve pressionar o outro na negociação. Se você fez esse pacto e depois se expôs a uma situação de risco, não deixe tudo como está: reintroduza o sexo seguro na relação, faça os exames e repita-os após 3 meses e 6 meses. Não exponha o parceiro que confiou a saúde a você. Tá meu bem!

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