Um dos ambientes mais preconceituosos no Brasil também é um dos espaços mais queridos dos brasileiros: o mundo do futebol. E o assunto preconceito no mundo do futebol tem ganhado a mídia com certa frequência. Recentemente foi o ex-jogador Raí quem comentou o respeito. Ele disse conhecer casos de jogadores vítimas de discriminação por saírem do armário. Chamou de “hipocrisia” a homofobia nos gramados e afirmou torcer para que sociedade, dirigentes de clubes e torcidas mudem de postura.
No entanto, esta mudança não deverá ser fácil. O preconceito domina o planeta. Da Alemanha vem o caso do empresário de jogadores e ex-técnico Rudi Assauer, que deixou clara sua aversão a homossexuais no futebol. Ele disse: "Talvez os gays tenham lugar em outros esportes. No futebol, não". Assauer foi além em sua intolerância afirmando que demitiria um jogador caso ele saísse do armário. "Eu diria: 'você foi corajoso', mas o despediria em seguida". Na verdade, o ex-técnico já expulsou de sua equipe um colaborador gay. Foi quando ele dirigia o Werder Bremen e um dos massagistas revelou sua homossexualidade. "Fui falar com ele e disse: 'Filho, me faça um favor e arrume outro emprego'". Na Itália, o técnico da seleção Marcelo Lippi também expôs seu preconceito ao falar o que pensa sobre homossexualidade e futebol. "Acredito que entre os jogadores não há gays. Em 40 anos de carreira nunca conheci um e nunca ouvi falar. Pode existir alguém que tenha tendências (homossexuais), mas não manifesta publicamente", disse.
No Brasil, Richarlyson tem sofrido a maior perseguição homofóbica do futebol nacional. Nem importa se ele é ou não homossexual. O jogador foi ameaçado de morte e, mesmo ouvindo milhares de vozes gritando ofensas no campo, tem entrado de cabeça erguida e feito seu trabalho.
Os dirigentes do clube, o São Paulo, estão dando aula de profissionalismo: "Não há situação nenhuma envolvendo o Richarlyson. O clube é dirigido de dentro para fora, a gente não resolve nada porque disseram algo na internet", afirmou Marco Aurélio Cunha, dirigente de futebol do clube. "Não temos de pedir nada. O Richarlyson e os demais têm de cumprir seus deveres de atleta, só isso." Disse ainda que "o São Paulo o respeita e o considera". Tá meu bem!
(Curiosidade: esta interjeição de espanto que encerra o artigo foi popularizada no mundo gay pela drag Dimmy Kieer, o Dicesar do BBB10).
Os dirigentes do clube, o São Paulo, estão dando aula de profissionalismo: "Não há situação nenhuma envolvendo o Richarlyson. O clube é dirigido de dentro para fora, a gente não resolve nada porque disseram algo na internet", afirmou Marco Aurélio Cunha, dirigente de futebol do clube. "Não temos de pedir nada. O Richarlyson e os demais têm de cumprir seus deveres de atleta, só isso." Disse ainda que "o São Paulo o respeita e o considera". Tá meu bem!
(Curiosidade: esta interjeição de espanto que encerra o artigo foi popularizada no mundo gay pela drag Dimmy Kieer, o Dicesar do BBB10).
Na foto, Richarlyson.
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