A proposta do blog é ser fonte de informação e discussão de temas da comunidade gay. A ideia não é ficar falando apenas para o público gay, mas colocar todo mundo para pensar junto. Afinal, somos G, L, B, T, S e tantos mais. O próprio nome do blog quer provocar um estranhamento: a sigla que se refere à comunidade gay cada hora aparece agregando um novo rótulo. Pra quê?
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Vitória da força de consumo colorido
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo está diretamente ligada ao poder de consumo dos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Tal parcela da sociedade tem sido vista com atenção por muitas empresas.
Pesquisa realizada pela Insearch Tendências e Estudos de Mercado e divulgada no último dia 6 pela Rede Globo, no Jornal Nacional, aponta para o reconhecimento definitivo da força de mercado colorido.
São consumidores sem culpa, que frequentam bons restaurantes, vão às principais baladas e compram roupas de grife. O levantamento foi realizado em 10 estados brasileiros (PA, CE, PE, BA, GO, MG, SP, RJ, SC e RS).
Bancos e empresas de cartões de crédito perceberam que este público tem enorme potencial de compra a ser explorado. Segundo a pesquisa, 40% dos entrevistados se encaixam nas classes A e B. Um total de 64% têm pelo menos um cartão e 84% navegam e fazem compras pela internet.
Também gastam 64% mais com produtos de beleza e 57% compram livros (8 por ano em média). O setor imobiliário prepara lançamentos especiais para estes consumidores que gastam 25% mais na compra de imóveis.
Tudo isso é muito bom para o mercado. Os LGBT compram independente do preço, mas desejam algo a mais, são extremamente exigentes.
As empresas deixam de lado os preconceitos e estereótipos para encarar com respeito e seriedade este público. O atendimento especializado aos clientes gays já se consolidou em grandes companhias espalhadas pelo mundo e vem ganhando cada vez mais novos adeptos. Por causa do chamado “pink-money”, elas têm se tornado “gay friendly”.
Mesmo que nem todos os LGBT tenham alto poder aquisitivo e sejam consumistas, o potencial de compra comumente é maior, uma vez que é um público formado por pessoas em geral mais sociáveis. Não ficam em casa vendo TV. Acabam gastando mais em viagens, restaurantes, bares, casas noturnas, cinema e teatro. E, consequentemente, quanto mais saem, mais roupa precisam comprar.
É inquestionável a importância da decisão do STF na luta por direitos e deveres iguais entre héteros e homossexuais, mas não precisamos mascarar importantes fatores que estão envolvidos neste processo. Válido destacar também a coragem de 60 mil casais do mesmo sexo de se declararem como tais ao Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Um comentário:
Como pode fazer tanto sucesso algo assim?A indústria não quer a vadiagem apenas a grana deles.
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