Notícias do início deste
mês lançam luz sobre a questão da violência contra os LGBT (Lésbicas, Gays,
Bissexuais e Transgêneros). Ou pelo menos provocam algumas reflexões
importantes.
Segundo o GGB (Grupo Gay
da Bahia), pelo sexto ano consecutivo, houve crescimento nos casos de
assassinatos de homossexuais. Em 2011, foi contabilizado o número recorde de
266 casos. A entidade acompanha os casos desde a década de 1970 e, em 2012, já
foram registrados 106 assassinatos. Os números começaram a subir em 2006, com
112 mortos. No ano de 2010, foram 260 casos. No entanto, o levantamento é feito
somente com base em notícias veiculadas em jornais e na internet e os números
devem ser bem maiores.
Do total de casos em
2011, 60% se referem a assassinatos de gays, 37% de travestis e 3% de lésbicas.
Os três Estados com mais mortes foram Bahia (28), Pernambuco (25) e São Paulo
(24).
Lideranças
dos LGBTs entendem que os homicídios têm relação com a homofobia e que a maior
visibilidade dos homossexuais provoca a agressividade.
Por
outro lado, um estudo norte-americano indica que pessoas homofóbicas se
comportam agressivamente contra os homossexuais porque sentem atração por
pessoas do mesmo sexo. O estudo foi realizado pelas universidades de Rochester,
Essex e Califórnia. A explicação é que a violência seria a maneira de reprimir
o desejo sentido e considerado pelo sujeito como algo errado.
A
pesquisa foi publicada este mês no Journal
of Personality and Social Psychology e envolveu mais de 600 estudantes universitários
norte-americanos e também alemães. Quatro experimentos distintos investigaram a
atração sexual tanto explícita quanto implícita dos participantes. A proposta
foi medir as discrepâncias entre o que os indivíduos afirmavam sobre sua
orientação sexual e como eles verdadeiramente reagiam a determinados estímulos.
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