domingo, 18 de janeiro de 2009

Gays e mercado de trabalho


Mais difícil que assumir a homossexualidade para os pais talvez seja sair do armário no trabalho. Afinal, é neste ambiente que garantimos nossa subsistência e ninguém quer correr riscos de perder o emprego ou perder oportunidades de crescimento dentro da empresa.
Mas homossexualidade é motivo para demissão? Já foi bem mais, mas ainda é, infelizmente. Mesmo com toda a cultura do politicamente incorreto estabelecida em nossa sociedade. O que diferencia um profissional homossexual de um heterossexual? Não há diferença.
É claro que cada caso é um caso, como quase tudo na vida. Entre as diversas profissões, existem as mais conservadoras e as mais liberais. Existem aquelas que são taxadas de profissões de gays (e coitados dos héteros que as escolhem também). Outras são insuspeitas, mas estão cheias de gays praticando.
O governo desenvolve políticas e apóia ações que promovam a igualdade de direitos e combatam a discriminação contra segmentos historicamente vulneráveis como mulheres, negros, portadores de deficiência, idosos e homossexuais, entre outros. Mas as dificuldades continuam.
Algumas notícias no mundo corporativo são bastante positivas. Cada vez mais, grandes empresas investem na diversidade como estratégia de negócios. Apenas para citar uma importante, a IBM teve seu primeiro grupo voltado para o segmento criado em 1995. A companhia vende por ano US$ 500 milhões no mundo em produtos e serviços para mulheres, minorias e clientes LGBT. A opção sexual, em casos como este, pode até se tornar um ativo na hora de pleitear um cargo.
Quando uma empresa aceita as pessoas como elas são, quem está confortável dentro da companhia trabalha melhor e a fuga de talentos é menor.
Mas mais importante que isso é verificar o quanto a sexualidade pode interferir na escolha da profissão direta ou indiretamente e pode afetar a realização no trabalho. Alguém pode ter escolhido ser médico porque só assim conseguiu o reconhecimento e o respeito que julgava não ter em razão de sua orientação sexual. É preciso resgatar a auto-estima e usá-la da melhor maneira tanto fora quanto dentro do trabalho.
Mesmo com todas as dificuldades e obstáculos, é importante que os gays tenham o direito de viver suas vidas livremente e a liberdade de escolher sua profissão. E que ninguém seja gongado (derrubado)!

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