sexta-feira, 10 de abril de 2009

Beijos gays


Marc Jacobs, estilista norte-americano em férias no Brasil, foi flagrado aos beijos no Rio de Janeiro, mais precisamente em Ipanema, com o namorado brasileiro Lorenzo Martone. Ele vestia uma saia plissada e trocou carinhos em dia ensolarado ao chegar em um restaurante. Jacobs pode!
Personalidade do mundo da moda, o estilista veio ao país inaugurar sua loja em São Paulo. Aproveitou para oficializar seu relacionamento com Martone, celebrando o noivado. Foi recebido com festa que reuniu celebridades como Carolina Ferraz e Larissa Maciel (protagonista da minissérie Maysa – Rede Globo) no tradicional Largo do Arouche, centro da capital paulista.
A boate gay Cantho foi fechada para os pobres mortais. O estilista contratou mais de 50 seguranças para circular na casa e nas redondezas. O staff da casa foi substituído por uma equipe trazida por Jacobs e os habitués foram barrados. Para beber, champanhe Veuve Clicquot, que não costuma ser servida na boate.
O fato corrobora a idéia que defendo de que a aceitação da comunidade gay está intimamente ligada ao seu poder econômico. Jacobs tem status, tem money. Não é preciso ser Zoraide (metido a clarividente) para enxergar isso.
Na última semana, Jim Carrey ficou sem uma distribuidora nos EUA para seu filme “I Love You Philip Morris” porque a produção tem uma cena de sexo gay. Pasmem. Em terras hollywoodianas, parece que o preconceito ainda impera. Mesmo Hollywood sendo acusada de defender a “causa gay”. Incompetente esta indústria cinematográfica, hein?
E olha que nos últimos tempos, não faltaram filmes explorando a temática homossexual. Vale ressaltar “O Segredo de Brokeback Mountain”, de Ang Lee, indicado a oito Oscars e que foi visto por mais de 150 milhões de espectadores no mundo. Mais recentemente, “Milk – A Voz da Igualdade”, filme que rendeu o Oscar de melhor ator a Sean Penn este ano. O preconceito brota dos cantos mais inusitados. Termino lembrando do beijo repreendido na Universidade de São Paulo (USP), em outubro, quando dois jovens – um de 25 e outro de 18 – foram discriminados, sendo expulsos do local. Um deles se surpreendeu: “Venho do interior, nunca passei por isso lá. Aí sou discriminado na USP e em uma cidade como São Paulo, que aparentemente é uma cidade aberta à diversidade”. Uzê (pior que uó) demais.

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