Notícia publicada pela Folha da Região (Araçatuba/SP) no último dia 4 de fevereiro intitulada “Banheiros viram espaço de encontro” apontou o fato de usuários de banheiros públicos usarem os locais para marcar ou mesmo realizar encontros sexuais. Assinada por Sérgio Teixeira, a matéria destacou que as relações são procuradas tanto por heterossexuais como por homossexuais, mas que acontecem principalmente em banheiros masculinos.
No dia 14 de dezembro, abordei neste espaço o assunto pegação (prática sexual anônima entre gays) ao falar da atuação do chamado Maníaco do Arco-íris em Carapicuíba-SP. Questionei a utilização dos locais públicos, a criação de espaços específicos e a falta de discussão sobre lugares dignos. Aproveito a notícia para voltar ao assunto e tentar ampliar um pouco mais os questionamentos.
Estes banheiros são locais utilizados por gays? Sim, alguns homossexuais masculinos usam estes lugares para marcar encontros ou transar. Mas o fato é bem mais complexo. No mesmo espaço estão heterossexuais, bissexuais e mais o quê?!
É preciso sair do superficial. Estes locais são frequentados também por indivíduos que não querem comprometer sua imagem na sociedade. Neles, o cara casado que quer ter uma “aventura” com outro homem pode dar vazão à sua fantasia sem se expor em locais conhecidos como espaços gays.
Mais que isso, lugares como este mostram que hétero, homo ou bissexualidade acabam sendo apenas rótulos mesmo.
Local semelhante são os chamados “cinemões”. Cinemas geralmente antigos em grandes centros urbanos que exibem filmes pornôs e são utilizados para a prática sexual anônima.
Por que estes espaços existem? É possível acabar com eles? Eles atendem às necessidades de um público bastante heterogêneo (de várias classes sociais e níveis culturais) e não menos populoso (desconheço números oficiais). A ocorrência dos cinemões, por exemplo, é verificada ao redor do mundo: Nova York, Paris, Londres... Bauru. E cobrar entrada no banheiro do Metrô em São Paulo serviu apenas para tirar da parada quem não pode pagar.
Fato curioso é que estes espaços teoricamente de marginalidade e transgressão são discriminados pela “cultura gay”, burguesa e elitista. Não dá para defender a destruição pública refletida nos banheiros quebrados, mas também não dá para ignorar o desrespeito pessoal na falta de aceitação de nossas vontades.
No dia 14 de dezembro, abordei neste espaço o assunto pegação (prática sexual anônima entre gays) ao falar da atuação do chamado Maníaco do Arco-íris em Carapicuíba-SP. Questionei a utilização dos locais públicos, a criação de espaços específicos e a falta de discussão sobre lugares dignos. Aproveito a notícia para voltar ao assunto e tentar ampliar um pouco mais os questionamentos.
Estes banheiros são locais utilizados por gays? Sim, alguns homossexuais masculinos usam estes lugares para marcar encontros ou transar. Mas o fato é bem mais complexo. No mesmo espaço estão heterossexuais, bissexuais e mais o quê?!
É preciso sair do superficial. Estes locais são frequentados também por indivíduos que não querem comprometer sua imagem na sociedade. Neles, o cara casado que quer ter uma “aventura” com outro homem pode dar vazão à sua fantasia sem se expor em locais conhecidos como espaços gays.
Mais que isso, lugares como este mostram que hétero, homo ou bissexualidade acabam sendo apenas rótulos mesmo.
Local semelhante são os chamados “cinemões”. Cinemas geralmente antigos em grandes centros urbanos que exibem filmes pornôs e são utilizados para a prática sexual anônima.
Por que estes espaços existem? É possível acabar com eles? Eles atendem às necessidades de um público bastante heterogêneo (de várias classes sociais e níveis culturais) e não menos populoso (desconheço números oficiais). A ocorrência dos cinemões, por exemplo, é verificada ao redor do mundo: Nova York, Paris, Londres... Bauru. E cobrar entrada no banheiro do Metrô em São Paulo serviu apenas para tirar da parada quem não pode pagar.
Fato curioso é que estes espaços teoricamente de marginalidade e transgressão são discriminados pela “cultura gay”, burguesa e elitista. Não dá para defender a destruição pública refletida nos banheiros quebrados, mas também não dá para ignorar o desrespeito pessoal na falta de aceitação de nossas vontades.
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